terça-feira, 29 de junho de 2010

Querido Diário.





Ando tão distraída e tão acostumada
Que meus pés já sabem o caminho
E a música toca na hora certa.
Sempre de manhã
Quando o vento mecânico toca meu rosto.
Eu fico assustada ao ver tantas pessoas
Do mesmo tamanho
Com o mesmo cabelo
Enfileiradas
Inquietas
Ganhei uma flor nova hoje
Pois eu saí mais cedo do trabalho
Vozes angelicais me fazem companhia
Quem já viu uma poesia nascer
Não pode compará-la a uma construção
Tem um urubu na casa abandonada
E ainda são quatro horas da tarde.
Droga!
Esqueci a blusa de novo.
É tanta luz no fim do túnel
Que eu nem consegui dormir.
A minha fome é proporcional
Ao tamanho da fila da lanchonete
Lingua e Fala
Horácio e Aristóteles
Métrica e Ritmo
Tudo isso faz sentido?
Eu não quero dormir.
Fim da noite ou Final do dia?
Eu saí da Ilha.
Como eu faço pra voltar?

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