Sinos, sinais.
Listras horizontais
Paralelamente iluminadas
Refletidas
Em um cetim que nunca foi sujo
Nem lavado.
Dizer, dizer, dizer.
Que necessidade absurda e prazerosa
De ouvir confissões não pensadas.
Pois escuto, prefiro assim.
Te escuto no claro,
Sem abraço, sem risco, com sono.
Não me entrego, nem me apaixono
Me descubro na paz que sempre procurei
Já tenho companhia, meu mar.
Voltei, falei que ia voltar
Para terminar aquilo que comecei.
Agora, prometa, me esfria
Me tira a ansiedade de começar
Arranca o poder divino se eu não tenho a competência para criar
Banha-me. Purificação. Me ama. Sou sua.
Mas não me peça para ser a única.
Ser outra com sonhos pesados
Corpo relaxado
Em alto mar
Te traz de volta pra mim.