quarta-feira, 11 de abril de 2012

As nossas vidas.




Será que a vida é isso mesmo?
Nos encontramos no trabalho
e conversamos sobre nossos amores
seu choro aparece fraquinho como quem diz
“é, ainda dói um pouquinho”
e eu te olho e sinto
“você precisa disso”.
Uma pausa na semana agitada entre choros, trânsito e cansaço.

Ninguém explica amizade verdadeira em pouco tempo
São almas que internalizam os mesmos desejos
A mão que abraça é a que te levanta
e assim, o tempo envelhece nossos sentidos.

Temos a música a nosso favor
o fôlego cotidiano no ar precoce
a imaginação na vontade acumulada
e a possível responsabilidade retorcida
No fim,
temos só a história
ou a saudade vivida

O que falta no outro infernal
sobra quando os olhos deixam de ser dedos
e o passar das horas deixa de ser obrigação

Afinal de contas,
a vida da gente é simbolizada
pela sala de café escura no meio de janeiro
a mesma sala que nos uniu como protagonistas
de um caminho cheio de verdades, emoções
e amor.