sábado, 26 de março de 2011

Sinais





"Eu sei que é impossível, mas eu queria tanto conversar com deus"
Antonio Marcos.



Estou com uma sensação
de que um dia
Deus vai desistir de mim.
Será impossível uma certeza plena de que a vida nos dá caminhos para seguir?
Ou eu calcei os sapatos apertados por pressa e depois eles não sairão mais dos meus pés?
Clamo por respostas que só vem a longo prazo e minha paciência chega a ser ridícula de tão normal.
Eu não tenho medo de errar, só tenho raiva por saber que no final das contas, mães tem razão.
Ou melhor,
que meu coração precisa ter razão.
Às vezes faz mal, outras faz bem.
No final do dia a solidão chega pra equilibrar os lados.
E Deus...
fala em forma de música em noite de lua minguante.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Começo Feliz.




Sinto falta de responder perguntas sinceras e criar diálogos dignos de filme diferente nos lugares mais bonitos da cidade. Esses diálogos que preenchem perfis de redes sociais e e-mails de amor. Não é uma saudade absurda e o jeito como eu ficava após essas conversas era lamentável, mas eu sinto falta mesmo assim. A gente acostuma, imagina, planeja, espera e quando vê, precisa dormir rápido, recuperar aquela nota na faculdade, se aprimorar no curso de idiomas, enfim...sei lidar bem com expectativas frustradas, só não sei lidar bem com saudade.
Maldita memória fraca que lembra mais dos seus olhos sisudos do que de suas palavras desconcertantes. Descobri algo importante sobre minha personalidade com você. Será por isso que estudo pouco o que eu preciso e mais do que eu gosto?
Sabe, vou te contar o lado “bom da solidão”: A necessidade de espaço e grandeza. Quando se está sozinho,você precisa de um sofá enorme, uma televisão boa, o melhor chocolate e uma avenida gigante cheia de pessoas diferentes só para observar. Aquela coisa, se você não dorme de conchinha, compre um travesseiro, se você não vai ao cinema, compre um DVD, se você quer se sentir bonita, compre roupas. É o preço de trabalhar muito e pensar pouco.
O problema não foi você ter ido embora ou me tratar como uma estranha ou eu falar besteiras na sua frente por nem pensar antes de falar. Talvez as consequências mais simples deviam ser evitadas, mas eu sempre deixei você escolher, não será diferente agora. O fato de negar já prova um sofrimento maior do que a vontade de lembrar algo bonito. Pior, o rancor faz as lembranças nem existirem. Uma pena.
Eu não nego e sinto falta. Apesar de não me arrepender e nem querer saber se você sente a minha.
Minha memória falha espera diálogos diferente no acaso feliz das grandes cidades. Quem sabe assim você não lembra de uma época em que a música ultrapassava o som das buzinas e as conversas tinham hora pra acabar, mesmo pegando todos os sinais vermelhos da avenida.