sábado, 24 de dezembro de 2011

Um par.




Você me disse que, apesar de tudo, não me convenceu.
É verdade, ninguém ali queria provar nada,
era pura vontade de querer estampada em noite de quase véspera de Natal
na rua silenciosa,
como costumava ser.
Hoje ainda não estou convencida de nada,
você mesmo diz que repugna esses atos de convencimento,
a pessoa deve perceber sozinha o que seguir ou não seguir.
Eu sei que, depois de ter vivido e entendido,
tive a liberdade de escolher
e a sorte de você ainda me escolher.
E escolhemos nos amar mais uma vez,
em dia de quase véspera de Natal
ao som de chuva forte.
Escolhemos respirar fundo
com minha cabeça encostada no seu ombro
e você cantando músicas adolescentes.
Eu escolhi saber mais do seu passado escondido
e você escolheu uma maneira de dizer parte dele.
Juntos, eu posso dizer que formamos um par,
como letra e melodia,
sorvete de casquinha e tarde na Paulista,
Chico e Tom...
sofá e séries antigas
liquidificador e achocolatado
Vênus e Marte
tempo e amor.