sábado, 24 de abril de 2010

Minha Saudade.





Um dia
Eu, criança curiosa e atenta,
Me deparei com aquele mar molhando os meus pés.
Não vim do sertão
Nunca trabalhei no sol
O calor nunca foi um inferno pra mim.
Mas quando vi aquele mar
Vi os olhos de Deus.
Um dia
Eu, menina assustada e sonhadora,
Brinquei na areia, o sol queimou minha pele
Me lavei naquele mar.
Joguei fios do meu cabelo
Como colares para Iemanjá.
Um dia,
Eu, mulher madura e insatisfeita,
Vou adormecer naquele mar
As ondas atravessarão meu corpo
E o frio congelará a minha alma.
O céu cantará uma canção de ninar
E num infinito marinho
Na busca pelo meu amor
Pela minha poesia.
Eu ficarei em paz.

Um comentário:

Unknown disse...

Lindo poema.

Só pra ser chato:
Cuidado pra não ir com tanta pressa encontrar o mar e se enganar; esse mar da foto é Lagoa. =P

Como sempre, belos versos, poetisa!