domingo, 13 de julho de 2008

Doce Lar.





Saio de cena
para ver o espetáculo.
Eu volto para a casa
e não sou personagem principal.
As estrelas do teto roxo
andam apagadas
e o chão que eu tanto pisei
agora é minha cama.
Sol.
Sinto falta do sol sem brisa
clareando os meus cabelos.
Não quero passar nas ruas sem asfalto.
São lembranças demais.
É bom voltar pra casa,
mas as histórias sobre as sereias
das Ilhas espalhadas pelo mundo
são verdadeiras.
E elas realmente
Me encantaram...


Julho/2008.

3 comentários:

Unknown disse...

Manezinha da Ilha do Desterro...
Desterrada???

Seu lar é mais que um bocado de terra
Carimbado com suas pegadas.
A praia não é a borda,
Mas apenas a porta de entrada;
O mundo está além do oceano
E a areia é só pó na estrada.

As figuras brilhantes no teto?
Uma alegoria desbotada.
A luz de verdade é lá fora
Na madrugada estrelada!
O meu céu, o seu céu, qualquer céu,
Não são limitados por nada.

Enxugue as lágrimas, viajante,
Pois por baixo da água salgada,
É tudo um mesmo e único chão.
Aqui, aí, acolá...
Uma realidade a ser habitada.
Sua casa é o mundo inteiro,
Não só uma migalha cercada
De água e de sonhos por todos o lados.
Deixemos pra trás a enseada!

E que afunde em seus próprios limites
A vivência anestesiada
De uma Ilha da Fantasia
Que NUNCA estará isolada.

Rafael Hertel disse...

Naty. Tem uma mulher nua nesta foto. bjo

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.