segunda-feira, 18 de julho de 2011

Eu não me chamo Raimundo



Você já parou pra pensar em quantas vezes já pensou nisso?
E então, a noite veio, você chorou um pouquinho e pegou no sono.
Não há nada de errado em ver os dias passarem ensolarados
o errado é deixar o calor não te queimar ou te secar.
Quantas vezes você já me disse: “Tudo mudou!”
e aí você gritou gol, a cerveja gelou, a mulher te chamou...
Não acho errado sonhar ou desejar,
mas eu prefiro viver em um mundo silencioso, desconhecido de ignorâncias
do que viver falando o que eu faço ou deixei de fazer
e a cretinice concordar comigo.
A distração existe e ela quebra toda a convicção de um ser solitário.
Deve ser por isso que parei de me importar se está bom ou ruim.
A genialidade nunca foi efêmera.
Ao contrário dessas páginas rasgadas que doem a vista.
Estamos salvos, pois a única coisa arriscada hoje em dia
são amores mal resolvidos regados a bebida barata
Passado revirado com direito a citações desconcertantes
e política infantil com exploração de falta do que fazer.
Não fiquemos preocupados,
nossas crianças ainda vão aprender a rimar.

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