domingo, 12 de outubro de 2008

Feliz cidade.



No começo,
você me chamou de medrosa,
disse que minhas lágrimas
não molhariam nem o meio fio da calçada.
Eu, pequena,
preferi aceitar suas ordens.
Até que resolvi encarar
suas feições duras.
E te agradeço por não ter
me deixado aparecer antes.
Você preparou o cenário,
a música,
o tempo.
Sem perceber,
eu tinha uma história.
Eu gosto de te olhar,
de respirar você.
Você me deu um amor de presente.
Sempre que vou,
sempre que volto,
a garoa
sai dos meus olhos.

3 comentários:

Anônimo disse...

está para nascer alguém que mais ame São Paulo.

Vamos nos embebedar de garoa, da garoa do amor, dos poemas no chão, dos confetes de carnaval no teto.

a garoa vem de cima,
mas as palavras, de baixo. e eu amo demais o que é dessa cidade.

Unknown disse...

TERRA FIRME

Embriagado no seu néctar,
Sou abalroado pela ressaca;
Engolido
Pela maré que vem de seus olhos.
Nesse banho de água fria,
Lembro que minha sereia é do mar.

O barco parte ente juras e acenos.
O sabor do oceano perdura
Mesmo após a despedida no porto
De ferro.

A maresia
Corrói as janelas,
Dissolve as grades,
Põe ao chão as cercas,
Devagar.
De vento em vento,
De sopro em sopro,
Minha casa e seu mundo
Viram uma coisa só.

Seu mar continua aqui,
nos meus olhos.
De onda em onda,
A rocha ganha forma;
De onda em onda,
Uma nova duna.
De onda em onda,
Mais uma restinga.
De onda em onda,
Meu continente e sua ilha
Unidos na mesma terra,
Debaixo do mesmo céu
Estrelado
que me leva a navegar.
- Astrolábios.
Um céu de estrelas vivas
Que faz do firmamento poesia.

Unknown disse...

não tenho o costume de apagar o q escrevo, mas esse comentário ficou uma lixo. hahahaha

Tem idéias legais, mas continuo com a velha mania de não conseguir parar de escrever na hora certa. Tem uns 3 poemas embolados aí. Vou ver se consigo destilar essa mistureba toda e fazer 3 poeminhas pequenos. Confira o resultado na Latrina daqui a algum tempo. uhahuahahua

bjo, Flor!